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FIV: Saiba 8 mitos e verdades

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    para  FIV (fertilização in vitro) é uma técnica de reprodução assistida que consiste, basicamente, na fecundação do óvulo pelo espermatozoide em ambiente laboratorial, onde o desenvolvimento dos embriões é acompanhado pela equipe médica e de embriologia. Esses embriões serão cultivados, selecionados e então transferidos para o útero em momento adequado. 

    A FIV é um dos procedimentos mais indicados para casos de infertilidade considerados mais complexos, como para mulheres que apresentam alterações ginecológicas importantes e homens que apresentam problemas na produção de esperma.  

    O processo pode até parecer simples, mas exige cuidados médicos e alta tecnologia, pois é preciso que uma série de normas sejam seguidas para que as chances de gerar uma vida sejam altas – na FIV, elas podem chegar a até 60%, dependendo da idade da mulher.  

    A fertilização in vitro pode ser realizada de duas maneiras: 

    • Fertilização in vitro clássica: óvulo e espermatozoide são fecundados em laboratório, em um ambiente controlado, e apenas depois o embrião é transferido ao útero;
    • Fertilização in vitro com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides): é o método mais eficaz de fecundação do óvulo na fertilização in vitro (FIV). Isso porque o gameta masculino é inserido diretamente no gameta feminino. Dessa forma, os espermatozoides que não conseguiriam chegar ao óvulo em função de sua baixa mobilidade são capazes de gerar um embrião.

    Quando a FIV é indicada?

    A técnica de fertilização in vitro é indicada nas seguintes situações:

     Ausência, bloqueio total ou parcial das tubas uterinas;

    • Idade avançada da mulher – acima dos 35 anos;
    • Distúrbios na ovulação;
    • Alterações no colo do útero;
    • Casal que não consegue engravidar naturalmente sem causa aparente;
    • Endometriose;
    •  Infertilidade causada por fatores masculinos sem causa aparente;
    • Falência ovariana;
    • Baixa contagem de espermatozoides;
    • Ausência de gametas no sêmen;
    • Problemas de motilidade ou morfologia nos espermatozoides;
    • Homens que fizeram vasectomia;
    • Casais homoafetivos;
    • Quando outros tratamentos de reprodução humana considerados de baixa complexidade não obtiveram sucesso na gestação.

    Muitas são as dúvidas em relação à fertilização in vitro. Por isso, neste texto vamos abordar 8 mitos e verdades sobre o procedimento para que você possa entender mais sobre ele.  

    É preciso ter cuidado com as informações que circulam on-line sobre reprodução humana assistida, pois nem sempre elas são reais. 

    8 mitos e verdades sobre a FIV

    1. A FIV é uma garantia de gestação

    Mito! Ao cogitar a realização da fertilização in vitro, é essencial saber que ela aumenta consideravelmente as chances de gravidez, mas não é uma garantia de gestação. A concepção vai depender de diversos fatores, sobretudo genéticos. A idade da mulher, por exemplo, é uma condição que pode reduzir a taxa de sucesso do método. 

    Em mulheres com até 35 anos, a FIV chega a 60% de chances de êxito por tentativa. A partir dessa idade, o índice começa a decair. Outros fatores também podem afetar o processo, como, por exemplo, a qualidade dos gametas utilizados. Porém, o fato de não ter sucesso em uma tentativa não quer dizer que o casal não possa realizar o sonho da gravidez! É importante estar preparado para a necessidade de mais de uma tentativa de tratamento para termos o sucesso esperado. 

    1. O procedimento é indicado apenas para casos de infertilidade

    Mito! A infertilidade do casal é, de fato, a principal razão que os leva a buscar pela FIV. Porém, o procedimento é viável também para casais homoafetivos que desejam gerar um filho, assim como para mulheres solteiras que escolhem a produção independente. 

    Nesses casos, a paciente deve recorrer ao banco de sêmen, recurso que serve também para homens que apresentam esperma com baixa capacidade fértil. Nos casos de casais homoafetivos masculino, o tratamento requer uma doadora de óvulos e uma mulher que se disponibilize a gerar o embrião, o que é denominado útero de substituição. 

    1. As chances de gravidez múltipla na FIV são maiores do que em uma gestação via métodos naturais

    Nem sempre! Essa probabilidade é decorrente do número de embriões transferidos ao útero materno. Se for transferido um embrião no útero, a chance de uma gestação gemelar é semelhante à da gestação natural – que seria ao redor de 0,5 a 1%. A transferência de dois embriões, por exemplo, tem entre 21 e 39% de chance de resultar em gestação múltipla. 

    A gravidez de gêmeos pode ser um sonho para alguns, mas, do ponto de vista médico, é considerada uma gestação de risco. Isso porque é uma gravidez mais frágil, em que os bebês podem nascer prematuros e a mulher ter mais riscos de complicações decorrentes da gestação, como pré-eclâmpsia e diabetes. 

    Tendo em vista essa questão, o Conselho Federal de Medicina (CFM) recomenda um limite de embriões transferidos ao útero de acordo com a idade da mulher. As regras estabelecem que: 

    • No caso de mulheres com até 37 anos, podem ser transferidos até dois embriões;
    • Para aquelas acima de 37 anos, a transferência é limitada a três embriões;
    • Em caso de embriões euploides ao diagnóstico genético, até dois embriões podem ser transferidos, independentemente da idade da mulher.
    1. É possível escolher o sexo do bebê

    Mito! Esse talvez seja o maior equívoco quando se trata de FIV. Aliás, o CFM, através do seu Código de Ética, proíbe a escolha do sexo do bebê nos tratamentos de reprodução assistida. 

    Há exceção somente para os casos de doença genética ligada ao sexo. Nessa situação, é permitida a escolha do embrião de acordo com o sexo que tem menor probabilidade de ser acometido pela doença. Assim, evitam-se complicações durante a gestação, como parto prematuro ou aborto. 

    1. A FIV é diferente da inseminação intrauterina

    Verdade! Esses dois métodos da medicina reprodutiva são distintos, apesar de compartilharem algumas semelhanças. 

    A técnica da inseminação intrauterina é mais simples, já que o óvulo é fecundado no interior do corpo da mulher, nas tubas uterinas. A inserção dos espermatozoides pelo colo do útero faz com que a fertilização ocorra naturalmente.  

    Trata-se de um tratamento indicado para os casos de infertilidade causados por baixa qualidade seminal, isto é, quando o homem tem espermatozoides em quantidade ou motilidade insatisfatória no líquido ejaculado. 

    Pode ainda ser uma opção para mulheres jovens, que mesmo não apresentando bloqueios nas tubas uterinas não conseguem engravidar; para aquelas que pretendem engravidar por meio de óvulos doados; para homens portadores de azoospermia (ausência de espermatozoides no ejaculado); para a mulher solteira ou para um casal homoafetivo feminino.  

    Já no processo de fertilização in vitro, a fecundação se dá em laboratório, por isso a FIV é mais complexa e exige mais etapas. Outra diferença é que a taxa de sucesso da inseminação artificial fica em torno de 15 a 30%, sendo mais baixa em relação à da fertilização – até 60%. 

    1. A técnica pode reduzir o risco do nascimento de bebês com doenças hereditárias

    Verdade! Uma possibilidade que a fertilização in vitro oferece é o diagnóstico genético pré-implantacional 

    O procedimento é realizado antes da transferência embrionária, a fim de que a análise dos embriões possa verificar a presença de algumas anormalidades cromossômicas, bem como doenças genéticas familiares específicas. Assim, a seleção dos embriões é mais criteriosa.

    Porém, este teste só é indicado para casais com histórico de doença genética na família, mulheres que tem 38 anos ou mais ou que apresentam abortos de repetição ou tratamentos anteriores sem sucesso. Esses grupos têm um risco maior de ter alterações genéticas que são possíveis de serem detectadas e, portanto, terão benefícios em realizar o teste.  

    1. É possível fazer a fertilização in vitro em qualquer situação

    Mito! Em primeiro lugar, somente a orientação do médico especialista poderá afirmar se você deve realizar a FIV ou não. Além disso, recomenda-se que os casais busquem o tratamento após um ano de tentativa de reprodução natural quando a mulher tem até 35 anos e após 6 meses se ela tiver 35 anos ou mais. 

    Muitos pacientes também recorrem ao tratamento depois que outras técnicas de reprodução humana não apresentarem sucesso.  De toda forma, as condições para a realização do procedimento devem sempre ser analisadas previamente. 

    1. Mulheres com idade acima de 40 anos podem fazer a FIV

    Verdade! É fato que a idade da mulher é uma condição que deve ser considerada para o tratamento. Isso porque, com o passar do tempo, a produção de óvulos diminui gradativamente, o que afeta a qualidade e a quantidade dos gametas femininos. Como consequência, o procedimento pode ser menos eficiente, com chances de gravidez menores por tentativa. Ainda assim, a FIV é mais eficaz que a reprodução natural nesses casos. 

    Apesar das taxas de sucesso em mulheres acima de 40 anos serem menores, é preciso considerar outros fatores além da idade, como taxas hormonais e reserva ovariana, quando a paciente deseja realizar o tratamento com seus próprios óvulos. Existe ainda a opção de óvulos doados, sempre de uma doadora jovem, o que aumenta as chances de sucesso. O procedimento de FIV é cada vez mais conhecido, e isso requer maior atenção quanto às informações que se tem sobre este assunto, que devem ser sempre concretas e verdadeiras.  

    Esperamos que suas dúvidas sobre o assunto tenham sido sanadas e que você tenha adquirido mais conhecimento! Mas, se ainda restam questões a serem esclarecidas, FALE COM A NOSSA EQUIPE.

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