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Trata-se de exame com o objetivo de visualizar o canal endocervical e a cavidade endometrial, especificamente para avaliar a existência de lesões dentro do útero, muitas vezes não mostradas na ultrassonografia e que comprometem a gravidez ou mesmo atrapalham o sucesso das técnicas de reprodução assistida.
Com o aprimoramento tecnológico e o melhor treinamento dos profissionais especializados em ginecologia endoscópica, este método tornou-se uma opção para diagnosticar alterações intrauterinas, como pólipos,
miomas, sinéquias (aderências), capazes de ocasionar disfunções uterinas, que levam a uma gama de sintomas e sinais, tais como cólicas, sangramentos fora do período menstrual, ausência de sangramento, além de provocarem
infertilidade.
Mais recentemente, muito se tem estudado sobre a realização de múltiplas biópsias endometriais, com o objetivo de provocar injúria neste tecido, no ciclo que antecede as técnicas de alta complexidade de utilizadas em reprodução humana (
FIV,
ICSI). Estudos mais recentes, incluindo metanálises publicadas em revistas bem conceituadas especializadas em reprodução humana, têm demonstrado, em pacientes submetidas à técnicas de reprodução humana de alta complexidade (
FIV,
ICSI), taxas de gravidez clínica 2,5 vezes e de nascimento 2,2 vezes maior, quando comparadas à pacientes que não se submetem à injúria endometrial por biópsia.
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Este exame é realizado no bloco cirúrgico. Em posição ginecológica, passa-se o espéculo (aparelho similar ao utilizado na coleta do “exame preventivo do colo uterino”) e faz-se a higienização da cavidade vaginal e do colo uterino com antisséptico. Em seguida, aplica-se anestesia local sobre o colo uterino e mede-se e cavidade uterina. Introduz-se então, o aparelho de histeroscopia com uma óptica de diâmetro pequeno e que não demanda dilatação do colo do útero. Com um sistema de irrigação propiciado pelo aparelho, instila-se soro fisiológico na cavidade endometrial para possibilitar a dilatação do útero e visualização de seu interior, permitindo-se a documentação de toda anatomia do canal cervical, do istmo, do corpo e fundo uterinos, incluindo-se a visão dos orifícios de implantação das tubas uterinas (óstios tubários).
Na sequência, retira-se o aparelho de histeroscopia diagnóstica e introduz-se uma delicada pinça de biópsia (Cateter de Pipelle), com o objetivo de serem realizadas múltiplas biópsias endometriais e facilitar o processo de implantação após a transferência embrionária.
O material retirado na biópsia endometrial, apesar de não ser o principal objetivo do exame, deverá ser encaminhado a um laboratório de anatomia para sua posterior análise.
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- As pacientes são orientadas a usarem antibiótico no dia anterior e analgésico uma hora antes da realização do procedimento.
- O jejum não é necessário, mas recomenda-se alimentação mais leve, como frutas e verduras e líquidos sem resíduos.
- Esse exame, por suas características, se faz com anestesia local. Como qualquer outro exame de caráter invasivo, ainda que minimamente, não é isento de risco. Apesar de extremamente raras, podem ocorrer perfuração uterina com sangramento aumentado e lesões de estruturas contíguas ao útero, como intestinos e bexiga, que demandem intervenção cirúrgica, caso ocorram.
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Cólicas e sangramento discreto são comumente percebidos durante e após o exame.
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Para este procedimento é necessária a internação?
Trata-se de procedimento de caráter ambulatorial e caso não ocorram intercorrências, a alta será efetuada logo após o procedimento.
Sentirei dor na realização do procedimento?
Trata-se de procedimento de baixo estímulo doloroso. Quando necessário é realizada a administração de anestesia local.
Apesar de se tratar de procedimento de baixo estímulo doloroso, existe a possibilidade de realização sob sedação venosa?
Sim. No caso de pacientes muito ansiosos ou que desejam dormir durante a realização do procedimento, existe a possibilidade da realização de sedação venosa sob cuidado do médico anestesiologista. Para isto deverá ser agendada consulta pré-anestesia anteriormente a data do procedimento para avaliação individual do paciente.
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