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Ovários policísticos: a influência para o tratamento da FIV

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    A irregularidade menstrual é um dos motivos que leva mulheres, ou casais, a buscarem tratamento em uma clínica de fertilidade, um deles é a fertilização in vitro. Uma das causas de infertilidade entre a população feminina são os ovários policísticos.  

     

    Essa condição afeta de 4 a 12% das mulheres, e pode ser diagnosticada logo após a primeira menstruação ou durante a idade reprodutiva, quando surgem os sintomas.  

     

    A seguir, confira a possibilidade da fertilização in vitro para mulheres com síndrome de ovários policísticos, e qual a influência dessa condição no procedimento. 

     

    Primeiro, você sabe o que é a síndrome de ovários policísticos? 

    A Síndrome de Ovário Policístico (SOP) é um distúrbio endocrinológico que se caracteriza pelo desenvolvimento de múltiplos microcistos nos ovários, dificuldade para ovular e produção de androgênios (testosterona) no organismo da mulher. 

     

    O aumento nos níveis desses hormônios leva a ciclos irregulares, acne, aumento de pelos e perda de cabelo (alopécia). Pode também aumentar a resistência a insulina, causando sintomas como ganho de peso e diabetes.  

     

    Quem tem síndrome de ovários policísticos pode realizar a fertilização in vitro? 

    Sim, a fertilização in vitro é um dos tratamentos para a SOP. O procedimento é a técnica de reprodução assistida que apresenta maiores índices de sucesso e o mais indicado para mulheres acima de 36 anos.  

     

    Qual é a influência da SOP para o sucesso da fertilização in vitro 

    A fertilização in vitro apresenta a maior taxa de sucesso entre os tratamentos de reprodução assistida, com média de 40% por tentativa.  

     

    Contudo, pacientes com SOP tem alguns riscos maiores durante o procedimento.  

     

    Um estudo comparou resultados da fertilização in vitro em mulheres com SOP e mulheres sem a síndrome e percebeu que o primeiro grupo apresentou menor taxa de implantação, assim como maior incidência da hiperestimulação ovariana. 

     

    Ou seja, ocorre o excesso de estimulação dos ovários, podendo afetar a saúde da mulher. Pacientes com SOP apresentam resposta mais intensa à estimulação ovariana devido os ovários que possuem diversos folículos parcialmente desenvolvidos. Contudo, quando bem indicado e bem acompanhado, o tratamento é segura para essas pacientes.  

     

    Quais são as etapas da FIV para quem tem SOP? Tem alguma mudança?   

    A fertilização in vitro é uma técnica que conta com diversas etapas. Por isso, deve-se respeitar esse tempo para garantir a eficácia do tratamento. Confira como são as etapas da fertilização in vitro, para mulheres com SOP. 

     

    A fertilização é a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, em laboratório, para formação de embriões, que serão posteriormente introduzidos no útero. O primeiro passo para a técnica é a coleta dos gametas (espermatozoides e óvulos). 

     

     

    Estimulação ovariana 

    O ciclo menstrual regular permite que a mulher produza um óvulo por mês. Na fertilização in vitro, o primeiro procedimento é o estímulo dos ovários, com hormônios, para que a mulher possa produzir mais óvulos em um único ciclo.

     

    Dessa forma, pode-se obter mais gametas femininos e formar mais embriões, aumentando as chances da gravidez. Nessa etapa, ocorre a administração dos hormônios logo no início do ciclo menstrual, assim que ocorre a menstruação.

     

    Com o acompanhamento médico e de ultrassonografia para observar o crescimento dos folículos é possível identificar quando os óvulos já estão preparados para serem coletados. Em laboratório, os óvulos maduros são utilizados para a fecundação, com o espermatozoide. 

     

    A diferença para mulheres com SOP, é que elas podem apresentar resposta excessiva à estimulação ovariana por apresentar vários folículos parcialmente desenvolvidos que estariam prontos para a estimulação. 

     

    Essa alta sensibilidade diante dos medicamentos usados como estimuladores ovarianos permite que se faça uma mudança na abordagem terapêutica. Por isso, doses reduzidas desses medicamentos são utilizadas. 

     

    Punção dos ovários 

    Nessa etapa, o médico especialista retira os óvulos, por uma punção dos ovários, guiada por ultrassom. Uma vez realizado este procedimento, os óvulos maduros são utilizados para a fecundação.

     

    O processo de coleta de espermatozoides é feito, na maioria das vezes, de forma simples por meio da masturbação, que obtém o sêmen. Assim, ambos os gametas podem ser analisados e preparados para a próxima etapa. 

     

    Fecundação 

    Na fecundação os gametas são unidos para a formação de embriões. A fertilização in vitro é a forma tradicional de união de gametas, com óvulos e espermatozoides colocados no mesmo espaço para que aconteça a junção de ambos de forma espontânea.

     

    Em um prazo de 24 horas já é possível identificar se ocorreu ou não a fecundacão. E acompanhar quantos embriões serão formados.   

     

    Transferência embrionária 

    Na transferência embrionária o médico introduz o embrião no útero da tentante. Esse procedimento pode ocorrer entre o segundo ou sétimo dia após a junção dos gametas, em laboratório.  

     

    Durante o procedimento, o embrião continua seu desenvolvimento, se preparando para aderir ao endométrio (parede que reveste o útero). Durante a transferência, o profissional utiliza aparelhos de ultrassonografia como auxílio, de forma a permitir a visualização do útero e local em que o embrião será colocado. 

     

    O número de embriões transferidos dependerá de cada caso, considerando a idade, histórico, e outros fatores. É permitido, em mulheres com mais de 37 anos, até três embriões. Contudo, um número maior que este pode colocar a gestação em risco.  

     

    Teste de gravidez 

    A última etapa da FIV consiste não só na verificação da gestação. Mas também no acompanhamento psicológico da mulher. Isso porque, o período pós-transferência é caracterizado pela ansiedade e expectativa do resultado.

     

    Assim, essa é uma etapa que deve ter o cuidado mental e equilíbrio emocional incentivado, para ajudar na aceitação do resultado, seja ele positivo ou negativo. 

     

    Após aproximadamente 11 dias é realizado o teste de sangue (Beta HCG), para confirmar o sucesso da FIV. Mesmo que o resultado positivo seja o primeiro sinal de uma fecundação de sucesso, como em qualquer outro processo de gestação, novos exames precisam ser feitos.

     

    Assim, em torno de 14 dias após esse primeiro exame, médicos recomendam que um ultrassom seja realizado para confirmar a gravidez. 

     

    Agora você já sabe a influência da síndrome do ovário policístico para a realização da fertilização in vitro, é possível realizar esse tratamento de forma segura para mulheres com SOP que buscam uma gestação. 

     

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