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Doação de óvulos: conheça as etapas do tratamento

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    Muitos buscam a Doação de óvulos para tentar engravidar. Mas, quem tenta engravidar deve entender que há questões que impactam o sucesso de uma gestação, seja por fatores masculinos ou femininos. Em ambos os casos, as tentativas podem ser desgastantes e às vezes a falta de informação pode fazer com que muitas pessoas desistam.

    Porém, a Medicina Reprodutiva já está tão avançada que pode ajudar até mesmo nos casos mais difíceis, em que é necessário receber o material genético, como a doação de óvulos.

     

    Há diversos casos em que essa opção é recomendada, como: para casais que não conseguem engravidar devido à qualidade dos óvulos; mulheres que querem a produção independente, mas que tem problemas de fertilidade; ou casais homoafetivos masculinos.

     

    Em clínicas de reprodução assistida, a doação de óvulos é um procedimento tão recorrente quanto o de sêmen. Você quer saber mais sobre esse assunto? Então, continue a leitura!

     

    O que é a doação de óvulos

     

    A ovodoação é um ato de generosidade de uma mulher, que cede alguns de seus gametas para que outros casais os utilizem no Tratamento de Reprodução Assistida, em laboratório. Lá, eles são fecundados e inseridos no útero da mulher que está desejando uma gravidez.

     

    A doação de óvulos no Brasil, segundo o CFM

     

    A Resolução nº 2.320/22, do Conselho Federal de Medicina (CFM), estabelece algumas regras em relação à doação de óvulos. São elas:

     

    • A doação não pode ter caráter lucrativo ou comercial;
    • A doadora não deve conhecer a  identidade  dos  receptores  e  vice-versa,  exceto  na doação  para  parentesco  de  até  4º  (quarto)  grau,  de  um  dos receptores  (primeiro  grau:  pais  e  filhos;  segundo  grau:  avós  e  irmãos;  terceiro  grau:  tios e sobrinhos; quarto grau: primos), desde que não incorra em consanguinidade;
    • Deve constar em prontuário o relatório médico atestando a adequação da saúde física e mental de todos os envolvidos;
    • A doadora de óvulos não pode ser a cedente temporária do útero (no caso de casais homoafetivos masculinos que desejam ter um filho biológico e que, para isso, precisam de uma mulher que esteja disposta a gestar a criança);
    • A idade limite para a doação de óvulos é de 37 anos;
    • As clínicas, centros  ou  serviços  onde  são  feitas  as  doações  devem  manter,  de  forma permanente, um registro com dados clínicos de caráter geral e características fenotípicas, de acordo com a legislação vigente;
    • A responsabilidade  pela  seleção  da doadora é  exclusiva  dos  usuários, quando da utilização de banco de gametas.

     

    Há também a opção da doação compartilhada de óvulos, em que uma paciente que também está em tratamento de fertilidade fornece seus gametas e, por isso, tem desconto no custo do tratamento de FIV. Ainda assim, as demais regras devem ser mantidas.

     

    No caso específico da doação compartilhada, ainda segundo as regras do CFM, a  escolha  das  doadoras  de  oócitos é  de responsabilidade  do  médico  assistente. Dentro  do  possível, esse profissional deve selecionar a doadora que tenha a maior semelhança fenotípica com a receptora, que deve dar sua anuência à escolha.

     

    Além disso, é muito importante frisar que o bebê nascido da doação dos gametas femininos é considerado filho da mulher ou do casal que os recebeu, e não da doadora dos óvulos ou da própria barriga solidária.

     

    Quer doar óvulos? Entenda a importância da atitude e quais são as etapas

     

    Quem deseja fazer ovodoação pode ter nas mãos o poder de colaborar com outros casais,  homens e mulheres, que têm o sonho de ter um filho, mas, infelizmente, não podem fazê-lo com óvulos próprios.

     

    Visto que se trata de um ato sem fins lucrativos, você já deve imaginar que nos bancos nacionais não há muita variedade de material genético. Por isso, aquelas que puderem contribuir farão extrema diferença na vida de outras pessoas.

     

    Se você sente esse desejo, temos mais algumas informações importantes.

    Para ser uma doadora de óvulos, a mulher:

     

    • Deve ter entre 18 e 37 anos;
    • Gozar de boa saúde;
    • Não deve ter doenças transmissíveis;
    • Precisa possuir genética saudável, com bons antecedentes familiares;
    • Passar por avaliações de seu sistema reprodutor e condição psicológica.

     

    Com isso em vista, a doadora pode escolher um banco de óvulos ou clínica que fará toda a avaliação e processo. Não existe um número máximo de vezes que a mulher pode fazer a doação, desde que sejam respeitadas as normas da ovodoação.

     

    Algumas mulheres podem ficar receosas de doar seus óvulos por acreditar que sua fertilidade pode ser prejudicada, mas não existe esse risco. Ela terá as mesmas chances de engravidar se não fizesse a doação, já que o processo de estimulação ovariana ativa o desenvolvimento de óvulos que seriam descartados pelo corpo.

     

    É importante destacar que toda mulher, ao nascer, já possui uma quantidade determinada de óvulos, que varia entre 500 mil e 1 milhão. Mas a partir do dia de seu nascimento, esses óvulos começam a ser perdidos e não são recuperados, pois a mulher não produz óvulos durante a vida.

     

    A partir do início da fase reprodutiva, a cada ciclo menstrual, vários óvulos iniciam seu crescimento, porém, durante a ovulação, apenas um folículo terá alcançado o crescimento suficiente para se tornar óvulo. Os demais, naturalmente serão descartados pelo organismo.

     

    Com o tratamento de estimulação ovariana para a doação de óvulos, vários óvulos conseguem alcançar o tamanho adequado para amadurecer sem que isso afete o total de óvulos que serão liberados para a ovulação no futuro.

     

    A doação não é um procedimento doloroso, porém, à medida em que o tamanho dos ovários vai aumentando por conta da estimulação ovariana, algum desconforto pode ser sentido, como dor de cabeça, mudanças de humor, dor no local da aplicação das medicações hormonais e desconforto abdominal. Porém, quando eles surgem, o tratamento já está em sua fase final.

     

    Observe o passo a passo a seguir

     

    1º passo: a doadora é submetida à avaliação física e psicológica completa. Nesta etapa do processo, a mulher interessada em doar seus óvulos deve realizar alguns exames de sangue e ginecológicos para excluir doenças como hepatites B e C, HIV, sífilis, Zika vírus, clamídia, gonorreia, HTLV e Covid-19, além de realizar tipagem sanguínea e cariótipo (genética).

     

    2º passo: com resultados favoráveis, ela passa pela indução da ovulação, por meio de medicamentos hormonais. Durante alguns dias, são realizados exames de ultrassonografia para acompanhar a evolução dos folículos. A coleta só acontece quando os folículos atingem o tamanho ideal. Essa fase pode levar até 14 dias;

     

    3º passo: após a indução, os óvulos são coletados, por meio de punção e aspiração folicular. Esse procedimento é realizado em centro cirúrgico, com sedação, e dura cerca de 20 minutos. Ele é feito por meio de uma agulha fina acoplada à um sistema a vácuo e guiado por ultrassom transvaginal. O material coletado é analisado por uma equipe de embriologistas, para que seja comprovada a qualidade dos óvulos. Feito isso, eles podem ser utilizados para fertilização ou serem congelados, por tempo indeterminado. O espermatozoide que será utilizado na fertilização do óvulo doado pode ser obtido antes, no mesmo dia ou após a coleta.

     

    Após essa etapa, é iniciado o tratamento de fertilização in vitro (FIV).

     

    Na FIV, o encontro entre óvulo e espermatozoide se dá em laboratório, em ambiente controlado, até que seja formado o embrião. Após essa etapa, é feito o preparo do endométrio da receptora para a implantação dos embriões. Nesse processo, a mulher faz uso de hormônios não injetáveis ao longo de duas semanas e o crescimento do endométrio é acompanhado por meio de ultrassonografia. Quando o endométrio se encontra na espessura adequada para receber o embrião, é realizada a transferência embrionária, que ocorre cerca de 5 dias após a fecundação.

     

    A partir do momento em que ocorre a transferência, a receptora deve aguardar até 14 dias para realizar o teste de gravidez.

     

    Em quais casos uma doação de óvulos é necessária?

     

    A ovodoação é necessária em casos de gestação de casais homoafetivos masculinos, que vão precisar tanto do material genético feminino quanto do útero de uma mulher, a chamada barriga solidária ou útero de substituição. Isso também se aplica a qualquer mulher que deseje engravidar, mas não têm as condições ginecológicas adequadas.

     

    Casais heteroafetivos também podem precisar da ovodoação, caso a mulher tenha problemas de fertilidade relacionados à qualidade do óvulo ou falta dele — e isso pode se dar até mesmo com casais homoafetivos femininos, caso ambas tenham restrições.

     

    Aliás, aqui vale pontuar quais são os fatores que podem levar à infertilidade feminina:

     

    • Idade avançada;
    • Menopausa;
    • Muitos abortos;
    • Doenças genéticas;
    • Quadros de falência ovariana.

     

    Com a doação de óvulos, não existem restrições para as mulheres que queiram engravidar, desde que elas apresentem boa saúde para gestação. Os riscos também são pequenos e o índice de sucesso é bem superior em comparação a outros tratamentos, podendo chegar a até 60%, dependendo da idade da mulher.

     

    Se você precisa da doação de óvulos para consumar o desejo de ter um filho, seja qual for o seu caso, a Clínica Huntington pode te ajudar!

     

    Somos um centro especializado em Reprodução Humana Assistida e realizamos diversos tipos de tratamentos de fertilidade, conforme a sua necessidade e do seu parceiro ou parceira.

     

    Esperamos que este artigo tenha elucidado as suas questões acerca da doação de óvulos e, na mesma temática, você pode se interessar por conhecer mais a fundo sobre bancos de sêmen. Preparamos um artigo sobre isso, confira!

     

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